A DEFESA CIVIL DE JEQUITIBÁ REALIZA O 2° SIMULADO DE EVACUAÇÃO DE ÁREA DE RISCO COM A PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO.

No dia 19 de dezembro, domingo, foi realizado o 2° Simulado de Evacuação de Área de Risco de Inundação em Jequitibá.  A ação contou com a parceria da população jequitibaense, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Municipal, Polícia Militar, 4° GAAAE, Guarda Municipal de Sete Lagoas, secretarias municipais e a participação da defesa civil de Funilândia, Baldim, Matozinhos, Sete Lagoas e Paraopeba . O objetivo foi alertar a população sobre as medidas que devem ser adotadas para evitar acidentes caso o município seja acometido por fortes chuvas, e também, mostrar como deve ser feita a evacuação em situação de inundações. Para o planejamento do simulado foram realizadas reuniões prévias de alinhamento no Posto de Comando entre os participantes com grande apoio dos  militares da 5ª Companhia Independente de Bombeiro Militar de Sete Lagoas que tiveram como objetivo: o ajuste das condutas, atualização do plano de contingência e demais ações em prol da melhoria contínua dos serviços prestados pelos órgãos envolvidos na Gestão do Risco de Desastres. 

Iniciando com o primeiro alarme breve de início de emergência,  Carlinhos Alberto Saturnino de Almeida deu o comando para o começo das atividades, convocando equipes montadas pelas secretarias municipais para atendimento às famílias. O Posto de Comando foi na Academia da Saúde. Em seguida, todo o efetivo se deslocou para a Praça JK, centro de Jequitibá. O acionamento da Sirene de Alerta pedindo aos moradores que deixem suas casas e siga para o Ponto de Encontro de sua localidade “E. E Vítor Pinto’’ indicados por sinalização fixa nas vias e fora da área de risco do possível acidente. A Defesa Civil de Jequitibá se encarregou de delegar responsabilidades às equipes, auxiliar a comunidade em evacuação a chegar ao ponto de encontro, monitorar tráfego nas vias, avaliar as áreas afetadas pelo acidente simulado e a execução de todo o exercício. No local ocorreu aferição de temperatura, utilização de máscaras e o cadastramento das famílias que residem na área de risco. Foram divulgados informativos preventivos em combate a Fake News nas mídias sociais oficiais da Defesa Civil e Prefeitura Municipal, pedimos a todos que sigam os canais oficiais de comunicação do município de Jequitibá, evitem o compartilhamento de notícias falsas. 

O exercício obteve êxito, na reunião final, realizada no Ponto de Encontro, segundo a observadora; Yasmim Maia Maciel Engenheira Ambiental e Sanitária com 10 anos de experiência em Defesa Civil, ”apesar de não ter acompanhado o 1° Simulado de 2021, consegui levantar vários pontos que precisam ser trabalhados, muitos acertos e boas ideias que foram colocadas em prática. Em relação ao tempo de resposta, consegui observar a comunicação da equipe presente, tivemos tempos satisfatórios, o que para uma situação real é decisivo. Os pontos que devem ser melhorados, tiveram grande receptividade de toda equipe. O levantamento desses pontos é de extrema importância para promover discussões e propor ações para melhorias, garantindo assim a efetividade das ações de preparação, prevenção e resposta a desastres. Fiquei extremamente feliz em poder participar do simulado, honrada pelo convite. Respeito e admiro muito toda a equipe do COMPDEC de Jequitibá, venho acompanhando o trabalho dos mesmos e posso enxergar claramente todo empenho e evolução.”, disse Yasmin.

De acordo, com Silvânio Mendes da Silva, 2º Sgt PM – Polícia Militar de Meio Ambiente ‘’Tendo em vista que o município de Jequitibá-MG está dentro da nossa área de atuação e que já passou por situações de inundação, onde vários moradores foram prejudicados, a expectativa de participar do simulado era grande, principalmente para saber qual seria nosso papel em uma possível situação de desastre ambiental na cidade.  Dentre os 12 municípios da nossa área de atuação, somente Jequitibá realizou esse tipo de evento. Tivemos pontos positivos assim como negativos como: a falta de alguns órgãos muito importantes, a falta de comprometimento da maioria dos moradores das áreas de risco, o método utilizado para avisar a população na área de risco, não foi eficaz. Acho que deveria ser instalada uma Sirene, com acionamento restrito a pessoa autorizada. Quanto ao tempo de resposta, pelo que foi proposto, entendo que foi cumprido a tempo. Lembrando que o treinamento leva ao condicionamento e quanto mais treinado estiver, menor será o tempo de resposta e menos erros serão cometidos.

A 2° Sgt. PM Patrícia Perdigão da Costa – Agente Regional de Defesa Civil da 19 REDEC, manifestou-se sobre sobre a organização do evento, ” como foi o primeiro simulado dessa magnitude na REDEC, atendeu as expectativas, considerando que foi muito bem organizado. A mobilização e presença das secretarias da prefeitura, além dos outros órgãos estaduais que se fizeram presentes; estrutura do Posto de Comando muito organizada, com as informações importantes de fácil visualização. Apesar de presentes, alguns secretários demonstraram que não há, nas suas respectivas secretarias, um organograma que facilitaria a distribuição de funções dos seus funcionários; baixa adesão da comunidade; ausência de sistema de alerta para aviso da população Toda a equipe COMPDEC demonstrou pleno conhecimento de suas funções, o que contribuiu para um bom andamento das ações desenvolvidas. O COMPDEC de Jequitibá é muito organizado, capacitado e todos os membros demonstram conhecimento de suas funções, além de muita proativa não resolução dos problemas apresentados.

   Mateus Fontana G. Neves, 2° Tenente  Bombeiro Militar fez suas contribuições, ‘’o simulado atendeu as expectativas, teve participação de muitas entidades envolvidas na resposta ao desastre, teve alguns imprevistos que reforçaram a importância de ações de preparação. A atividade de uma maneira geral foi muito boa, a maioria dos aspectos foram positivos, o tempo de resposta foi satisfatório. Um ponto negativo foi a demora para o entendimento da atividade no posto de comando, o que é natural considerando que foi a primeira vez que a atividade foi desenvolvida. Outro ponto é que talvez fosse melhor, em uma oportunidade futura, fazer o simulado do posto de comando e o de evacuação de área de trabalho risco em dias diferentes, para que seja uma atividade mais curta para a população em geral. A organização foi muito boa. A atividade foi mais complexa que no ano anterior e melhor executada. Na situação real, todos os secretários estarão envolvidos, então é essencial que todos participem das ações de preparação, disse o 2° Tenente B. M, Mateus Fontana G. Neves. 

As indicações acerca dos acertos e falhas que surgiram no simulado farão parte do relatório a ser elaborado pela Defesa Civil Municipal de Jequitibá, servindo no planejamento das equipes e atenção perante as situações. Que foi muito produtivo e positivo, pois não tivemos nenhum acidente envolvendo os moradores da área e superamos as expectativas. Obviamente temos alguns pontos para melhorar, pois o Plano de Evacuação é bastante complexo. Apesar de ser simples no papel, na prática apresenta diversas situações.

O membro da equipe NUPDEC, Paulo César, morador da região de área de risco, comentou que no simulado estava com seus amigos quando o alarme soou. Paramos tudo e fomos para o ponto de encontro. Esse exercício é muito importante porque a gente fica sabendo o que fazer quando acontecer uma situação de risco de verdade. A gente mora em uma zona de risco, principalmente as pessoas que moram na área que eu moro, que é uma zona perigosa. Eu me sinto mais seguro com esses treinamentos, pois mesmo com a pouca probabilidade de algo acontecer, precisamos ficar atentos”, disse Paulo.

O major BM Ulisses Silva de Oliveira, da 5ª Companhia Independente – Sete Lagoas, disse: “as funções foram bem distribuídas e o resultado final foi de acordo com o Plano de Contingência, cumprindo os horários estabelecidos pelo cronograma.”

Através do trabalho coordenado entre os órgãos públicos envolvidos, foi possível mensurar a capacidade de resposta dos secretários. O exercício fez com que cada um pudesse avaliar a eficiência do seu tempo resposta a eventos adversos. Mesmo que tenha havido algumas falhas técnicas, serviu para que pudéssemos mensurá-las e mapear as necessidades de melhoria, do ponto de vista operacional e de procedimentos. O simulado foi, portanto, um sucesso, e atingimos o objetivo, que era fomentar a atuação da comunidade.