A redução de atividades industriais está provocando efeito positivo à qualidade das águas do Rio das Velhas. Esta é a constatação tanto de pescadores quanto da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento de Jequitibá. A realidade desse momento também está sendo observada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Velhas).
Em visita ao Rio das Velhas, a secretária municipal de Meio Ambiente Poliana Valgas constatou que, às margens do Rio das Velhas, tem sido notória a mudança da qualidade do rio. “Segundo relatos de vários pescadores, as águas do rio estão mais limpas, menos poluídas. É o que os pescadores relatam.”
Secretária de Meio Ambiente, Poliana Valgas às margens do Rio das Velhas (Fotos: Caio Pacheco/Ascom Prefeitura)
A melhoria das condições do Rio das Velhas ocasiona a vinda de mais pescadores a Jequitibá. “A turbidez está menor, a carga de poluentes também está menor. Isso está perceptível”, confirma Poliana Valgas.
Uma das pessoas que percebeu a mudança para melhor da qualidade das águas do Velhas é o pescador Carlos Alberto Silva Goulart. “Pertenço ao grupo “Pescadores da Lapa” . Fiquei sabendo que em Jequitibá, no Rio das Velhas, estava tendo bastante peixe e resolvi tentar. Além de mim, estão aqui minha esposa e amigos. Graças a Deus estamos pescando e divertindo um pouco também. A água está boa, limpa. Quero voltar sempre”, afirma.
A exemplo do colega, o também pescador Geraldo Francisco Costa diz que “veio de São José da Lapa para Jequitibá dar uma pescadinha.” Ele observa que “a água está ótima, está boa”, e mostra os peixes que pescou durante a manhã. “Estou achando bom, deu para pegar várias tilápias.”
Geraldo Francisco Costa, pescador, comemora a qualidade das águas do Rio das Velhas
Warley Machado Pereira, pescador e morador de Dr. Campolina, distrito de Jequitibá, ressalta que, antes, “tinha muita espécie de peixe que estava sumida do Rio das Velhas e que agora está aparecendo, como piaba e lambari”, exemplifica.
A redução de atividades de indústrias impacta positivamente na melhoria das águas do ri. Segundo Warley Pereira, “antes a água estava suja, com mau cheiro, turva. Agora não tem mau cheiro”, lembra.
Hoje, aponta o pescador, “a quantidade de peixes aumentou demais, sendo que perto da ponte tem muita gente pescando”, verifica. Outra observação feita por Warley Pereira é a de que “a água não está mais sujando como antes sujava. O volume de água está bom”, garante.
“Quando acontecia qualquer chuva em Belo Horizonte, chegavam muitos peixes mortos aqui no Rio das Velhas em Jequitibá. Tivemos algumas chuvas no início da pandemia, duas chuvas fortes, que o rio encheu. Foi muito gente para o rio achando que ia morrer muitos peixes, mas não aconteceu isso, não teve morte de peixes”, finaliza o pescador.
Em Jequitibá, a CPRM opera os equipamentos da Agência Nacional de Águas (ANA) que estão instalados no Rio das Velhas. Os instrumentos são monitorados, mais precisamente tanto a vazão quanto o índice pluviométrico na Bacia do Rio das Velhas.
Além do monitoramento tem o aplicativo que se chama hidroweb que foi desenvolvido pela ANA. Ou seja, os instrumentos que estão instalados aqui são operados pela CPRM através dos instrumentos da ANA. É uma parceria.