Mineiridade. É assim que o coração, a mente e a alma de cada homem e mulher nascidos em Minas Gerais se definem, tal é a relação de paixão com a terra em que nasceu. Essa tradição passa de família para família, de geração para geração. Jequitibá, a Capital Mineira do Folclore, é espelho vivo desse espírito de mineiridade. Em cada declaração, emoção. É assim que começa a segunda parte da série especial de reportagens “Jequitibá no olhar dos turistas.”
“Conhecer Jequitibá é respirar ar fresco, puro, é estar próximo dessa raiz mineira, dessa cultura mineira, do sertão mineiro, do tempero de Minas, da gastronomia, do povo hospitaleiro que Minas tem e Jequitibá é um bom exemplo disso”, exalta o produtor cultural Alan Keller Figueiredo Jardim.
No olhar sensível da vice-presidente da Associação Turística Circuito das Grutas, Mariela Janice França Teodoro, na terra do folclore é que se encontra “em cada família uma herança, uma história”, reconhece e valoriza. Amante da cultura, ela declara-se, sem meios termos. “ Amo a culinária local, o orapronobis, os bolos, fatias e biscoitos e a beleza da lagoa, das capelas e igrejas….”, enfatiza.
Com pouco mais de 5.100 habitantes, Jequitibá encanta a todos. A beleza gigantesca do Rio das Velhas, afluente do Rio São Francisco, conduz o olhar dos turistas. Assim como a Lagoa Pedro Saturnino, bem no coração da cidade.
Câmera nas mãos, o fotógrafo Brenno Dias divide seu olhar entre Sete Lagoas e Jequitibá. Por suas lentes, já registrou muitas cenas, momentos, pessoas. “Jequitibá está praticamente no Centro de Minas. Mais à frente está a Serra do Cipó. No Circuito das Grutas, a cidade está perto da Gruta da Lapinha, Gruta Rei do Mato e Gruta do Maquiné. É o encantamento de Minas”, diz o profissional da imagem.
Saudosista convicto, Brenno Dias tem recordações que não saem de suas retinas. “Quando chego à lagoa do Centro de Jequitibá imagino estar na Lagoa Paulino, em Sete Lagoas, nos anos 1940, 1950”, diz, emocionado. “Essa beleza da lagoa com a Igreja do Santíssimo é maravilhosa. Eu tive a oportunidade de entrar na Igreja quando ocorreu a enchente de 1997 e vi a Santa no altar. A Santa não caiu. Isso me marcou muito.”
Das origens históricas de quando ainda pertencia ao município de Sabará, da construção da Igreja do Santíssimo Sacramento, tombada pelo IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais), às belezas naturais e suas raízes folclóricas, Jequitibá se emancipou política e administrativamente em 1º de janeiro de 1949 de Sete Lagoas. Com profundas riquezas de seu povo, conquistou o título de Capital Mineira do Folclore.
Para o jornalista Celso Martinelli, estar e viver a Capital Mineira do Folclore é orgulho, prazer e alegria. “É muito importante ter esse título e que deve ser valorizado. Jequitibá tem diversos grupos folclóricos que preservam inúmeras manifestações populares de um povo”, afirma o editor do Jornal Sete Dias.
“ Quem não conhece não sabe a beleza das Pastorinhas, do Congado, das Cantigas de Roda, das Ladainhas, das Quadrilhas Folclóricas e de várias outras danças e folias que você encontra, de forma especial e tão intensa, somente em Jequitibá”, finaliza.
Não perca, nesta quarta-feira, dia 29, a terceira e última reportagem especial da série “Jequitibá no olhar dos turistas”. Até breve!