Uma das mais expressivas manifestações de cultura e religiosidade de Jequitibá. Esta é a definição dada pelo secretário municipal de Cultura e Turismo José Raimundo de Oliveira Alves ao Quadro Vivo da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A apresentação teatral emociona o público todos os anos em frente à Igreja do Santíssimo Sacramento, bem do século XVIII tombado pelo IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais).
“Jequitibá é conhecida por suas manifestações culturais”, exclama o secretário.
Excepcionalmente, em 2020 não foi possível fazer a grande atração que mobiliza toda Jequitibá. O motivo: a pandemia do coronavírus. Afinal, a aglomeração de pessoas dissemina o vírus.
O secretário José Raimundo lamenta o fato da crise de saúde mundial. “Como de costume fazemos a encenação todos os anos desde 1983, quando foi criado pelo padre Reni Nogueira dos Santos, Terezinha, José Augusto, Pedro Henrique de Souza e eu”, recorda o secretário de Cultura.
“No primeiro momento foi uma peça simples para mostrar algo para a cidade”, registra José Raimundo. Hoje com 59 anos, o secretário de Cultura e Turismo de Jequitibá acompanha a sexta-feira da Paixão desde os 9 anos de idade. Com a adesão do povo, a vinda de 5 mil turistas para ver o quadro vivo – onde os próprios moradores são os atores e figurantes da peça – a iniciativa ganhou mais fôlego.
Segundo o secretário, a partir de 1988 o apoio ao quadro vivo, apresentado entre a Missa e a procissão, teve ajuda ainda mais consistente a partir do engajamento do prefeito Humberto Reis, que agora está no exercício de seu segundo mandato.
“A maior parte dos turistas indaga quem ensaia e planeja a festa”, diz José Raimundo. “É espontâneo”, resume.