O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG) realiza a reorganização das peças componentes dos elementos artísticos na Igreja do Santíssimo Sacramento em Jequitibá.
Nos dias 26 e 27 de julho, recebemos em Jequitibá-MG a equipe técnica do IEPHA – INSTITUO ESTADUAL DO PATRIMONIO HISTÓRICO ARTÍSTICO DE MINAS GERAIS; Ana Paula Carolina Gerente de Elementos Artísticos e Flávia Alcântara Restauradora, para a reorganização do espaço da Sacristia e corredor do fundo do Retábulo Mor da Igreja Matriz Santíssimo Sacramento em jequitibá. Acompanhamento do Secretário Municipal de Turismo José Raimundo de Oliveira; Carla de Jesus Barros membro do Conselho Municipal do Patrimônio Cultura; Paulo César da Silva – Tesoureiro e Coordenador do Conselho Administrativo da Matriz do Santíssimo Sacramento e funcionários da prefeitura de Jequitibá Alice Soares, Rener Pereira e Geraldo Bernardos.
A Igreja do Santíssimo Sacramento está situada em Jequitibá, na praça JK n° 91. Segundo o IEPHA, a construção da igreja foi promovida por Dona Pulquéria Maria Marques a pedido do padre João Marques Guimarães. Situada próxima a uma lagoa e ao rio das Velhas, a igreja foi erguida no século XIX, com provisão datada de 8 de junho de 1818. Apresenta estilo arquitetônico característico das edificações religiosas mineiras do início dos oitocentos. A capela do S.S. Sacramento, foi fundada em 1788 pelo Padre João Marques Guimarães, que veio de passagem pela fazenda da Barra do Jequitibá com destino à Fazenda Estiva onde eram feitos os batizados na Ermida ainda existente naquela a 14 km de distância de Jequitibá. Nesta Fazenda os padres e seminaristas de Mariana vinham para descansar em férias e atendiam a Capela do S.S. Sacramento até 1809. Esta Capela foi construída pelos bandeirantes que aqui estiveram por volta de 1670 a 1708, não temos a data exata nem os dados certos.
Esse trabalho tem a importância de manter as peças dos elementos artísticos integrados desmontados acondicionados e evitar que haja danos relacionados ao manuseio e mau acondicionamento as mesmas além de melhoria na circulação e higienização na sacristia da igreja e maior facilidade as peças dos bens.
Para verificar o estado de conservação do altar-mor, quantificar os danos e assim definir uma proposta de tratamento, foi realizada visita ao local e notou-se a necessidade de preservar os elementos até a finalização das obras da Igreja. Após análise preliminar e considerando o estado de conservação precário, tanto da parte estrutural como dos elementos decorativos.
Os conjuntos foram analisados e desmontados a partir do conjunto da lateral esquerda. Os painéis de revestimento, as diferentes peças encontradas, as que estavam soltas ou que precisaram ser soltas durante a operação de desmontagem, foram fotografadas e catalogadas. Em alguns casos (principalmente no que se refere aos elementos decorativos) foram mantidos juntos aos painéis aqueles elementos que estavam bem presos ou que poderão ser desmontados na etapa de restauração, caso seja necessário.
Peças soltas foram encontradas tanto na parte da frente do retábulo quanto atrás dele. Todas as peças soltas encontradas foram reunidas e acondicionadas separadamente e boa parte delas poderá ser reaproveitada.
PRÓXIMOS PASSOS:
- Conservação preventiva das embalagens e realização das limpezas!
- Aguardar a Finalização da restauração Igreja para realizar a montagem!
O retábulo–mor era um exemplar de grandes de dimensões e da responsabilidade dos mais credenciados profissionais. As outras capelas, sendo elas de cabeceira, de transepto ou das naves, eram administradas por confrarias, ou irmandades, ou até por instituidores privados.
- Estrutura ornamental em pedra ou talha de madeira que se eleva na parte posterior de um altar. Dependendo da fase a que pertence à igreja, portanto, do estilo, o retábulo pode apresentar colunas ou pilastras, coroamento em arco, revestimento em talha dourada e policromia, ornatos fitomórficos.
FONTE: IEPHA MINAS GERAIS