Magia, encanto, beleza, história, cultura, raiz. Sim, Jequitibá é este conjunto de qualidades e características e vai além. Na percepção dos entrevistados que abrem essa série especial de reportagens – Jequitibá no olhar dos turistas – a Capital Mineira do Folclore arranca da memória coletiva as melhores lembranças e uma certeza: uma vez conhecida, jamais é esquecida e para sempre será lembrada.
Diferentes momentos, personagens que vivem Jequitibá. Aqui você terá depoimentos do produtor cultural Alan Keller Figueiredo Jardim, da vice-presidente e gestora da Associação Turística Circuito das Grutas, Mariela Janice França Teodoro, do fotógrafo e cinegrafista Brenno Dias e do jornalista Celso Martinelli. Aprecie sem moderação. A viagem de cada um deles sobre Jequitibá começa agora e, felizmente, só terminará na quarta-feira. Aqui é apenas o começo. Deleite-se!
Alan Keller Figueiredo Jardim, produtor cultural, coreógrafo, curador da 1ª Bienal do Livro de Sete Lagoas e ex-subsecretário de Cultura e Juventude
“O Festival de Folclore representa, para a cultura nacional, uma expressão muito forte, tem uma identidade muito bem resolvida e clara da nossa miscigenação, da nossa multiculturalidade, da vivência do povo brasileiro, da sua vivência, de sua existência.”
“O Festival de Folclore não só resgata as raízes desse povo brasileiro, que é cheio de histórias, como também a escreve de uma maneira singular, uma nova história.”
“O que mais me atrai em Jequitibá, sem dúvida alguma, são as pessoas de Jequitibá. É uma terra fértil de talentos, de pessoas do bem, de uma uma simplicidade no interior mineiro, mas carregada de muita experiência cultural, de trocas de energia, vendo a Igreja do Santíssimo sendo recuperada, tudo isso faz com que Jequitibá se torne muito especial nos corações de nós mineiros, de nós brasileiros.”
Mariela Janice França Teodoro, vice-presidente e gestora da Associação Turística Circuito das Grutas
“Temos em Jequitibá um registro vivo de manifestações culturais muito expressivas. Jequitibá contextualiza a tradição do interior mineiros no circuito. O Festival de Folclore está entre os cinco principais eventos do calendário do Circuito das Grutas.”
“Já há cinco anos não perco o Festival de Folclore de Jequitibá. Atrações culturais, musicais, gastronomia, artesanato e gente bonita e feliz. O cortejo com as guardas e grupos folclóricos do domingo é um espetáculo a parte!”
“A cultura local em Jequitibá tem no folclore a sua mais autêntica expressão através das guardas de congo, pastorinhas…Encontramos em cada família uma herança, uma história.”
“É uma cidade limpa, bucólica e acolhedora. Adoro passear na orla da lagoa, adoro tomar uma cerveja na Jack e comer um pastel frito. Dar um passeio pelos armazéns sem hora pra voltar (ri)!
“Na casa do senhor José Geraldo da Folia de Reis fico horas batendo papo e comendo o bolo de pequi com café preparado por dona Marlene. Ah! Não posso esquecer de citar a prosa com o curioso, pesquisador e memória viva de Jequitibá, Pedro Souza. Sabe tudo sobre a rota do Rio das Velhas como escoamento de alimentos para a família real, as famílias, o patrimônio, a enchente….
Brenno Dias, fotógrafo e cinegrafista
“Estive na primeira Festa de Folclore. Eu vi congados, manifestações, muitas pessoas, a comunidade toda participando, toda a redondeza, toda a região, todo o estado de Minas Gerais. O Festival de Folclore é muito forte! Muito bem organizado, religioso, muitos padres…então Jequitibá faz jus ao título de Capital Mineira do Folclore.”
“De todas as manifestações religiosas, folclóricas em que tive a oportunidade de ir em Jequitibá, uma ficou, assim, bem marcante: Sexta-feira Santa, a Paixão de Jesus Cristo, o teatro amador que é profissional! Não contive as minhas lágrimas. Já fui cinco vezes e chorei cinco vezes.”
“Eu tive a oportunidade de entrar na Igreja quando ocorreu a enchente de 1995 e vi a Santa no altar. A Santa não caiu. Me marcou muito.”
Celso Martinelli, jornalista, editor do Jornal Sete Dias
“Conheci Jequitibá ainda adolescente, há cerca de 23 anos. Na época tinha aproximadamente 15 anos e fui, justamente, no Festival do Folclore acompanhado de parentes. A cidade estava em festa e tive a melhor impressão possível: povo hospitaleiro, bons bares e restaurantes, além das belezas naturais do município foram os principais cartões de visita que até hoje estão na minha memória.”
“Pode parecer curioso ou estranho, mas a melhor recordação que tenho – por ter vivido e presenciado – foi na ocasião da última enchente, esse ano. Estava a trabalho no município cobrindo esta calamidade pública e o que ficou marcado em minhas lembranças foi o espírito solidário da população. Trata-se de um povo guerreiro que já passou por tantas crises de ordem natural e conseguiu superar.”
Confira amanhã a segunda de três partes da série de reportagens “JEQUITIBÁ NO OLHAR DOS TURISTAS”.